domingo, 25 de setembro de 2016

Grupo protesta contra ocupação de área de reserva no Broa em Itirapina, SP

Moradores do Broa, em Itirapina (SP), protestaram neste sábado (24) contra a ocupação da área de eucaliptos que fica perto da represa. Eles alegam que a ocupação pode trazer prejuízos ao meio ambiente e pedem a saída dos integrantes da Frente Nacional de Luta (FNL) do local.
O protesto aconteceu pela manhã e reuniu cerca de 100 pessoas, que se aglomeraram em frente à Associação de Moradores. “Pessoas normais cortarem uma árvore é altamente punido, enquanto isso, vem um grupo de pessoas desorganizadas, extremamente com interesses secundários, ocupar a área de uma maneira absurdamente agressiva”, criticou o militar da reserva Edgar de Oliveira.
Nos já protocolamos a
intenção junto ao Incra
para que a área seja
transformada em
área produtiva"
Mauro Evaristo, organizador da ocupação
“Não é justo que pessoas com interesses de ocupação desordenada ocupem essa área e acabem com um trabalho que a gente tem realizado durante tantos anos”, disse o engenheiro civil Rogério Moura.
Ocupação
A área pertence ao Instituto Florestal do governo do Estado e foi ocupada na noite de 2 de setembro. No início, cerca de 650 pessoas montaram barracas no terreno, mas o número subiu e atualmente são mais de 900 famílias, que estão a quase 200 metros da represa do Broa.
“Nos já protocolamos a intenção junto ao Incra para que a área seja transformada em área produtiva de forma agrícola, não como ela está hoje, sendo explorada apenas com pinos para venda”, disse o organizador do movimento, Mauro Evaristo.
Processo
Logo depois da ocupação, a Secretaria do Meio Ambiente entrou com uma ação na Justiça pedindo a desocupação da área, mas, na sexta-feira (23), os ocupantes obtiveram uma liminar que permite sua permanência.
“É uma indignação muito grande porque só foi visto um lado, eles não estão vendo a degradação que está sendo feito na represa", afirmou o presidente da Associação de Moradores e Proprietários do Broa, Italo Cardinali Filho.
(...) põe em risco a questão da recriação e do turismo na região
José Galizia Tundisi, pesquisador
Parque estadual
Professor e pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia, José Galizia Tundisi disse que existe um estudo para a criação de um Parque Estadual na área.
“Esse parque estadual teria finalidade de proteger mais ainda a região que é uma área de recarga e proteção do Aquífero Guarani", contou.
"E todo esse conjunto de invasões naturalmente põe em risco esse projeto e evidentemente põe em risco a questão da recriação e do turismo na região”.
A Secretaria do Meio Ambiente informou que está monitorando a área desde o início da ocupação e que está tomando as medidas necessárias para recuperar o terreno. O Jornal da  EPTV também entrou em contato com o Incra sobre o pedido da FNL, mas não obteve retorno.

Do G1 São Carlos e Araquarara
Fotos: Ricardo de Méo

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